Taça das Favelas reunirá 128 seleções de comunidades paulistanas
Competição será disputada por 32 seleções femininas e 96 masculinas. Lançamento oficial aconteceu nesta quinta-feira (14) e contou com a participação do prefeito Ricardo Nunes
O prefeito Ricardo Nunes participou, na tarde desta quinta-feira (14), da cerimônia de lançamento da edição paulistana da Taça das Favelas 2022, no Museu do Futebol, nas dependências do estádio do Pacaembu. A competição, organizada pela Central Única das Favelas (CUFA) e produzida pela InFavela, conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo e terá início no fim de semana dos dias 30 e 31 de julho.
O prefeito Ricardo Nunes destacou o trabalho que é feito pela CUFA na integração das comunidades e na revelação de novos talentos.
“A CUFA revela profissionais e expõe as pessoas que estão nas favelas e nos campos de futebol da periferia”, disse.
A fase paulistana da Taça das Favelas será disputada por 128 seleções de favelas, com 32 femininas e 96 masculinas. As seleções femininas não contam com limite de idade, enquanto entre os meninos, são permitidos jovens de 14 a 17 anos.
“As favelas não precisam da CUFA para jogar futebol, para se encontrar e para jogar bola. O que nós estamos fazendo é um grande movimento social. Queremos mostrar que a favela é potente, a gente está mostrando a possibilidade, inclusive, de como um movimento de favelas pode inspirar e impactar a política pública”, afirmou o presidente nacional da CUFA, Preto Zezé.
A bola vai rolar no final de semana dos dias 30 e 31 de julho. A grande novidade do certame paulista é que a partir das oitavas de final do masculino vão entrar as favelas campeãs das edições do interior. O mesmo acontece no feminino, a partir das quartas de final.
As grandes finais estão previstas para acontecer no dia 8 de outubro. Outra novidade é que a primeira edição da Taça das Favelas Brasil, o Favelão 2022, vai acontecer nos meses de outubro e novembro.
A celebração da volta do maior campeonato de futebol entre favelas do mundo a cidade de São Paulo contou com a presença de técnicos e jogadores de todas as favelas que disputam a competição, além de personalidades ligadas ao esporte.
Vencedor de duas Copas do Mundo com a seleção brasileira, o ex-jogador Cafu apontou a importância do trabalho social que é feito com os jovens.
“O futebol é uma das maiores ferramentas de inclusão social que existe no mundo. Com o futebol eu aprendi quatro idiomas e conheci vários países do mundo. Isso é inclusão social. E é isso que nós queremos para esses jovens com a Taça das Favelas”, explicou. “É mentira que nas favelas só tem bandido, mas é verdade que faltam oportunidades”, completou.
Durante a cerimônia de abertura o público presente acompanhou uma apresentação dos cantores MC Menor MR e Raí BG, que estão relançando a música tema da Taça das Favelas. O lançamento da canção da dupla foi interrompido em 2020, por conta da pandemia, e agora será retomado. Esta produção é fruto de uma parceria entre a CUFA e o canal KondZilla.