Brás: Assalto, violência e barbárie- O Crime sem controle
A região do Brás segue sendo a mais violenta e sem ‘ dono’, conforme relatos dos comerciantes e moradores da região.
A falta se segurança na região do Brás não é novidade para ninguém , e não é de hoje que é sabido que diariamente naquela região de comércio popular de SP, há relatos de violências contra trabalhadores, moradores, comerciantes, etc, e considerada até pelos vereadores de São Paulo, como disse Adilson Amadeo, que preside os trabalhos da CPI da Pirataria, como “ Terra de Ninguém” .
O Paradoxo disso tudo é que ninguém faz NADA, isto é : A Prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública, numa verdadeira cadeia de omissão, segundos os comerciantes e moradores .
Em reportagem publicada pela Tv.Globo, mostra que em apenas em uma semana, foram registrados 18 assaltos violentos na região.
Em um dos episódios bárbaro mostrado na reportagem um rapaz foi assaltado no 1º dia de trabalho.
Ele contou que foi assaltado e agredido no primeiro dia de emprego novo na região e que, após as agressões, tem dificuldade de fazer coisas básicas como comer, tomar banho e enxergar.
“Não posso sorrir, não enxergo. Tenho dificuldade para comer, tenho dificuldade para tomar banho, tenho dificuldade para andar, meus braços doem muito, minhas costas doem muito, meu peito dói muito. E tenho dificuldade pra dormir também”, disse o homem, que tem medo de se identificar.
O rapaz é o que aparece no vídeo de jaqueta preta e mochila, voltando pra casa, por volta da meia-noite. Nas imagens é possível ver que uma mulher da gangue sinaliza para os comparsas, indicando que ele será a vítima.
Rapidamente a quadrilha entra em ação. Os ladrões, então, seguem o rapaz. Ele é enforcado e jogado no chão.
“Aí eles começaram a me chutar, me chutar, me chutar . E pegaram meu celular, pegaram minha carteira, pegaram tudo. Eu comecei a chutar a perna deles enquanto estava no chão e aí eles começaram a me bater mais. Na hora que foram puxar a bolsa, eu segurei e puxei, e não queria deixar de jeito nenhum. E eles me chutaram mais. Rasgou a alça da bolsa e eles levaram. Ainda falaram pra mim: ‘não vem atrás’”, contou a vítima.
Mesmo machucado, o rapaz conseguiu andar até uma base da polícia, que fica a 200 metros do local do assalto. No local, ele esperava ter ajuda. Mas ficou duas horas deitado na calçada, esperando uma ambulância.
Segundo a vítima, os policiais disseram que não podiam sair da base e ainda perguntaram se ele estava bêbado.
O homem foi apenas mais uma vítima da violência em São Paulo.
Em junho, os roubos aumentaram 13%, na comparação com o ano passado. Foram mais de 20 mil casos registrados em todo o estado. Na capital, o aumento foi ainda maior: 15%.
Após a reportagem amplamente ser divulgada pelos canais de mídias, as polícias Civil e Militar de São Paulo anunciaram que pelo menos sete pessoas já foram presas até esta quarta-feira (27) por suspeita de participação na chamada “gangue do mata-leão”, que atua no Brás, região central da capital, praticando roubos violentos.
O secretário estadual da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, afirmou que as forças de segurança continuam as operações para prender os outros integrantes da quadrilha que aterrorizava os pedestres da região.
“Estamos com as investigações em curso para prender todos. Vamos pra cima deles e vamos pegá-los”, disse o secretário.
A SSP também prometeu reforçar a segurança na região após os flagrantes. Na manhã desta quarta (27), pelo menos quatro viaturas foram colocadas na Praça Agente Cícero, onde aconteceram os flagrantes, para reforçar o policiamento local.
As imagens foram retiradas da tela da Tv.Globo, reprodução.