Polícia Federal faz operação contra a Precisa Medicamentos
A PF cumpre na manhã desta sexta-feira, 17, mandado de busca e apreensão na sede da empresa Precisa Medicamentos em razão do pedido formulado pela CPI da Covid-19.
A ação tem como objetivo “apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao contrato”, e foi autorizada pelo Ministro do Supremo Dias Toffoli.
Em nota a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), esclareceu:
“A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à Empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial”, conclui o documento, assinado pelos senadores Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.
Os agentes chegaram por volta das 6h nos locais descaracterizados, vestindo roupas e usando caros sem referência à PF, que pediu sigilo total para que os documentos sejam retirados com segurança dos locais.
A operação da Polícia Federal acontece em endereços em Barueri e Itapevi, ambas cidades da Grande São Paulo
Veja na íntegra a nota da empresa a imprensa:
“É inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho.
Além disso, seus representantes, sempre que intimados, prestaram depoimentos à PF, CGU, além de ter entregue toda documentação ao MPF e TCU.
Portanto, a operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder as perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias. A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento.”