Denarc deflagra operação contra quadrilha de lavagem de dinheiro
Ação é realizada no âmbito da operação Sufoco; investigações identificaram empresa com 60 sócios vinculados a organização criminosa
A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (2), a 1ª fase da operação nomeada de “Ataraxia”, no âmbito da operação Sufoco. As atividades em campo tiveram a finalidade de cumprir 62 mandados de busca e apreensão contra organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro, em um esquema que tem participação de empresários, “laranjas” e empresas de contabilidade e de transporte coletivo. As ordens judiciais são cumpridas na Capital, Grande São Paulo e região de São José dos Campos.
Os trabalhos coordenados pela 4ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) do Denarc, contaram com o apoio das demais delegacias da Dise/Denarc; do Grupo de Responsabilidade Tática (GRT), do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro); e do Grupo Especial de Reação (GER) e Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra), subordinados ao Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope). Participam da operação 250 policiais, com apoio de 92 viaturas.
Foram apreendidos 35 celulares, três notebooks, quatro CPUs, nove armas de fogo, munição, um cofre e R$55 mil. ” O Objetivo da operação era apreender objetos, documentos e outros indícios e provas que possam contribuir com a continuidade das investigações”, afirmou o diretor do Denarc, Genésio Léo Junior.
O Esquema
Após um ano de investigação, os policiais identificaram membros de uma organização criminosa que teriam constituído uma empresa de transporte para lavar dinheiro ilegal. “Com a operação, os bens estariam à inteira disposição dos membros da organização criminosa, que poderiam acessar o conjunto de bens e valores por intermédio de “laranjas”.
Dentre as pessoas jurídicas utilizadas em um sofisticado esquema de ocultação e dissimulação de capitais, foi identificada uma empresa que possui cerca de 60 acionistas, todos eles ligados direta ou indiretamente à facção criminosa. Dentre estes acionistas estariam parentes de criminosos e pessoas com lastros econômicos incompatíveis com os aportes financeiros investidos na empresa.
Denis Bonelli
Fonte: SSP/SP