O comércio exterior brasileiro teve desempenho bastante favorável em março, com forte elevação tanta das exportações (33,2%) quanto das importações (25,2%) em comparação ao mesmo mês do ano passado. A variação das exportações no acumulado do ano tornou-se positiva em 15,7%, e a das importações alcançou 5,4%.
O saldo comercial foi de US$ 6,5 bilhões no mês, com alta de 61,3%, somando US$ 55,5 bilhões nos últimos 12 meses (Tabela 5)
O crescimento das exportações em março foi especialmente forte nos produtos básicos (49,3%), beneficiados pela alta nas vendas de produtos agrícolas (39,4%), minerais metálicos (163,9%) e petróleo (21,9%). Os semimanufaturados e manufaturados também tiveram desempenho positivo, com taxas de crescimento de, respectivamente, 18,1% e 19,6% (Tabela 1).
No acumulado do ano, há crescimento expressivo das exportações de básicos (24,7%) e semimanufaturados (16,7%), e virtual estabilidade nos manufaturados (0,1%).
As vendas no primeiro trimestre cresceram para todas as principais regiões do mundo (Tabela 2), com destaque para Oriente Médio (22,3%), Ásia (20,8%), África (19,8%) e países da Aladi (15,9%).
O crescimento das importações em março ocorreu em todas as categorias econômicas (Tabela 3), destacadamente em bens de consumo duráveis (41,9%), bens intermediários (28,9%) e combustíveis (34,1%). No acumulado do ano, contudo, há variação positiva apenas em bens intermediários (19,7%) e bens de consumo duráveis (3,3%).
Em termos de países e regiões de origem (Tabela 4), os países da Ásia e da Aladi tiveram desempenho mais positivo no primeiro trimestre, enquanto as compras de Estados Unidos e Canadá registraram queda de 12,3% e as provenientes da União Europeia cresceram apenas 4,3%.
O índice de rentabilidade das exportações aumentou 0,8% na passagem de janeiro para fevereiro, com a desvalorização do real e o aumento do preço das exportações mais do que compensando a alta nos custos de produção (Tabela 7). Em relação a fevereiro de 2020, a rentabilidade acumula alta de apenas 1,8%, com a alta do dólar sendo compensada pelo grande aumento dos custos de produção.
A taxa de câmbio real deflacionada pelo IPA teve valorização de 0,9% em fevereiro, no cálculo relativo à cesta de 14 moedas, acumulando queda de 4,7% desde fevereiro de 2020. Houve valorização também nas taxas referentes às principais moedas (Tabela 8).
O câmbio real deflacionado pelo IPC, ao contrário, sofreu desvalorização de 0,8% na passagem de janeiro para fevereiro, na taxa referente à cesta de 14 moedas, e acumula alta de 24,7% desde fevereiro de 2020.
Fonte:https://funcex.org.br/info/balanca-comercial-04-2021