O Brás e o Pari pedem socorro
A omissão e a conivência das autoridades públicas com o crime
Editorial
04.08.23
A região do Brás-Pari é sem dúvida nenhuma um grande problema da Prefeitura de São Paulo e do Governo da Cidade de São Paulo.
O caos público domina a região, religiosamente da madrugada de segunda-feira até a madrugada do sábado. Um grande formigueiro de pessoas, sacoleiros, são vistos, ávidos a consumirem as novidades que só a região pode proporcionar.
A região possui fácil acesso as principais rodovias do país e a todos os meios de transportes públicos. Acrescentando que todos os dias chegam por volta de 500 ônibus trazendo os sacoleiros de todos os cantos do Brasil e de outros Países.
Apesar da região possuir hoje, os maiores shopping populares da cidade de São Paulo, com uma grande infraestrutura. As avenidas, ruas, calçadas, são tomadas todos os dias por um batalhão de ambulantes ilegais e organizados, que vendem todos os tipos de mercadorias, roupas, eletrônicos, pirataria e drogas.
Nesta região do Brás-Pari, desorganizada aos padrões comuns de legalidade, mais organizada pelo crime organizado sob a tolerância das autoridades públicas, que são cooptdas a fecharem os olhos e receberem suas benesses semanalmente em seus gabinetes, desafiam o Estado Legal.
Neste lugar, o m2 da calçada que é publica, é vendida a peso de ouro aos camelôs, e é supervisionada por várias organizações criminosas que cobram semanalmente o espaço público. Quem ousa afrontar esta ‘máfia’, sofre severas consequências físicas.
A população organizada pergunta as autoridades constituídas, até quando o Estado Legal vai permitir que esta região, comandada hoje por estas organizações criminosas, desafiem a lei?
Empresários, comerciantes, lojistas, moradores da região, que pagam seus impostos corretamente, e tem seu negócio legalizado contribuindo com o Estado Legal, vivem com medo do descaso das autoridades públicas e da conivência destas com o crime organizado.
Não se pode permitir que o caos administrativo que é gerado pela subserviência de funcionários públicos, ao crime organizado, seja um modelo de conduta de um estado democrático de direito.