Corregedoria da PM prende 15 Policiais Militares envolvidos com a morte Vinícius Gritzbach
Entre os policiais presos está um dos matadores do empresário assassinado
São Paulo, 16 de janeiro de 2025
Em uma operação de grande impacto, a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu 15 policiais militares nesta quinta-feira (16). As investigações apontam para um envolvimento profundo dos agentes com o crime organizado, mais especificamente com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Escolta e Informações Privilegiadas
A operação, que contou com a execução de 15 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão, teve como alvo principal um grupo de policiais que atuava em um esquema de proteção ilegal a criminosos. Entre os presos, está o policial suspeito de ter atirado fatalmente em Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, um delator do PCC, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
As investigações revelaram que os policiais não apenas escoltavam Gritzbach, mas também forneciam informações sigilosas que favoreciam a organização criminosa. Essa prática permitia que os criminosos planejassem suas ações com antecedência e evitassem a ação da polícia.
Preocupação com a Segurança Pública
A prisão dos 15 policiais militares é um duro golpe para a credibilidade da instituição e levanta sérias questões sobre a segurança pública em São Paulo. A infiltração de agentes corruptos em uma força policial é um problema grave que pode minar a confiança da população nas instituições e dificultar o combate ao crime organizado.
Investigações em Andamento
As investigações sobre o caso ainda estão em curso e a Polícia Civil trabalha para identificar outros envolvidos no esquema criminoso. A Corregedoria da Polícia Militar também abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais envolvidos e tomar as medidas cabíveis.
Impacto na Sociedade
A prisão dos policiais militares repercutiu amplamente na mídia e nas redes sociais, gerando grande debate sobre a corrupção nas polícias e a necessidade de uma reforma profunda nas instituições de segurança pública. A sociedade civil cobra medidas mais eficazes para combater a criminalidade e garantir a segurança de todos os cidadãos.
Resumo do Caso Envolvendo a Prisão de 15 Policiais Militares
Contexto do Caso
Vinícius Gritzbach, um empresário que delatou o Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024. Ele estava em processo de colaboração premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelando detalhes sobre esquemas de lavagem de dinheiro e envolvimento de agentes públicos com a facção criminosa.
Operação Prodotes
Em 16 de janeiro de 2025, a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo conduziu uma operação chamada “Prodotes”, prendendo 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com Gritzbach. Entre os presos, está o cabo Denis Antonio Martins, apontado como um dos atiradores que mataram Gritzbach.
Detalhes da Investigação
- Denis Antonio Martins: Reconhecido como um dos atiradores através de reconhecimento facial, depoimentos e quebras de sigilo telefônico.
- Outros 14 policiais: Faziam parte da escolta ilegal de Gritzbach e foram presos preventivamente. Eles estavam afastados de suas atividades regulares e faziam bicos de segurança privada para o empresário.
Importância da Investigação
A investigação começou após uma denúncia anônima em março de 2024 sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC. A prisão dos policiais militares é um passo importante para desmantelar a rede de corrupção e proteção ilegal que envolvia Gritzbach.
Nomes dos Policiais Presos
- Denis Antonio Martins (apontado como um dos atiradores)
- Erick Brian Galioni
- Jefferson Silva Marques de Souza
- Leandro Ortiz
- Giovanni de Oliveira Garcia
- Talles Rodrigues Ribeiro
- Alef de Oliveira Moura
- Julio Cesar Scarlett Barbini
- Abraão Pereira Santana
- Samuel Tillvitz da Luz
- Leonardo Cherry Souza
- Adolfo Oliveira Chagas
- Romarks Cesar Ferreira Lima
- Thiago Maschion Angelim da Silva
- Wagner de Lima Compri Eicardi
Pronunciamento do Governador
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que a prisão dos 15 policiais militares é um passo importante na investigação do assassinato de Vinícius Gritzbach. Ele destacou que as polícias de São Paulo têm um compromisso inegociável com a ética e a legalidade, e que desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei. Tarcísio também comemorou o fato de a operação ter sido conduzida pela própria Polícia Militar, enfatizando que “a PM está punindo a PM”.
Identificação do Atirador
O atirador que matou Vinícius Gritzbach foi identificado como o cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins. Ele foi preso pela Corregedoria da PM e é acusado de ser um dos autores dos disparos que mataram Gritzbach no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Mandante do Crime
As investigações apontam que a execução foi encomendada por membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A polícia ainda está investigando para identificar todos os envolvidos e confirmar as ligações com a facção.
Esquema dos Policiais Militares
O esquema dos policiais militares envolvidos no caso de Vinícius Gritzbach era bastante complexo e envolvia várias atividades ilegais:
- Escolta Ilegal: Os policiais militares faziam a escolta privada de Vinícius Gritzbach, mesmo sabendo de suas atividades criminosas. Essa escolta era feita sem qualquer respaldo judicial e utilizava carros que imitavam viaturas policiais para garantir a proteção de Gritzbach.
- Vazamento de Informações: Os policiais militares vazavam informações sigilosas da polícia para membros do PCC. Essas informações estratégicas permitiam que os criminosos evitassem prisões e prejuízos financeiros.
- Pagamento pelos Serviços: Os policiais envolvidos recebiam pagamento por seus serviços de escolta e proteção. Um dos agentes presos, um tenente da Polícia Militar, era apontado como chefe da organização e facilitava a escala dos demais para que pudessem atuar na proteção do empresário.
- Investigação e Provas: A investigação da Corregedoria utilizou várias técnicas para coletar provas, incluindo quebra de sigilo telefônico, análise de ERBs (Estação Rádio Base) e interrogatórios. Uma das provas que será utilizada é o material genético encontrado no local do crime, que será confrontado com o DNA dos policiais presos.
Este esquema de proteção ilegal e vazamento de informações mostra o nível de corrupção e envolvimento de agentes de segurança com o crime organizado. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e desmantelar a rede criminosa.
Policiais Civis Envolvidos
Além dos 15 policiais militares presos, também foram identificados alguns policiais civis envolvidos no esquema de proteção ilegal de Vinícius Gritzbach:
- Eduardo Lopes Monteiro: Investigador de polícia, acusado de extorquir membros do PCC e apropriar-se de um sítio de origem criminosa.
- Fábio Baena Martin: Delegado de polícia, mencionado na delação de Gritzbach como envolvido na extorsão e apropriação de bens.
- Marcelo Roberto Ruggieri: Investigador de polícia, suspeito de falsificar documentos e ter ligações com criminosos perigosos do PCC.
- Marcelo Marques de Souza: Investigador de polícia, conhecido como “Bombom”, com movimentações financeiras suspeitas.
- Ahmed Hassan Saleh: Advogado, acusado de lavar dinheiro e ter ligação com casos envolvendo a empresa Upbus.
Esses policiais civis foram presos em uma operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo, após denúncias feitas por Gritzbach em sua delação premiada.
Colaboração:IA